quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Fábio Porchat é o primeiro entrevistado de Danilo Gentili no programa The Noite


Entrevista com a Monja Coen (Programa The Noite)


Entrevista com Pe. Fábio de Melo (Programa The Noite)


Entrevista com Gugu Liberato (Programa do Porchat comemorando 1 ano)


A minha homenagem a Louise Hay


Tenho assistido aos seus vídeos nos últimos meses e eles têm me ajudado muito.

Obrigada, Louise Hay por suas palavras!!!!

O exercício do espelho



Meditação: Você pode curar a sua vida





A história da escrita e a escrita em cursiva itálica - Andrea J. Buchanan & Miriam Peskowitz


O primeiro instrumento de escrita se assemelhava ao primeiro instrumento de caça: uma pedra pontiaguda. Essas pedras eram usadas para escavar as paredes, traçando registros visuais da vida cotidiana. Com o tempo, os desenhos foram se transformando em símbolos que, finalmente, passaram a representar palavras e frases, traçadas não mais em paredes, mas em pequenas tábuas de argila. Mesmo assim, foi só muito mais tarde que o alfabeto surgiu para substituir os pictogramas e os símbolos. Outro marco na história da escrita foi o advento do papel, na China antiga. O sábio grego Cadmo, fundador da cidade de Tebas e criador do alfabeto fenício, teria sido também o inventor das primeiras mensagens - cartas escritas à mão, em papel, que eram enviadas de uma pessoa para outra.

Algumas culturas levaram muitos anos até possuírem uma linguagem escrita. Na verdade, a língua vietnamita não tinha escrita até o século XVII. Dois jesuítas, missionários portugueses, Gaspar do Amaral e Antônio Barbosa, romanizaram a língua nativa desenvolvendo uma escrita e um sistema de ortografia. Para isso, utilizaram o alfabeto romano e vários sinais para representar a acentuação tonal da fala dos vietnamitas. Mais tarde, em 1651, tal sistema foi codificado no primeiro dicionário de vietnamita, que continha mais de oito mil palavras, pelo francês Alexandre de Rhodes. É por isso que o vietnamita escrito usa letras romanas em vez de caracteres semelhantes aos dos países asiáticos vizinhos.

No início, todo sistema de escrita baseado em letras utilizava somente as maiúsculas. O aperfeiçoamento dos próprios instrumentos de escrita permitiu o surgimento das minúsculas. À medida que tais instrumentos foram se desenvolvendo e o alfabeto se tornando mais elaborado, escrever à mão passou a ser um problema. Hoje, temos uma incrível variedade de instrumentos de escrita - todo tipo de canetas, lápis e outros objetos do gênero; no entanto, o mais utilizado na história recente foi a pena, feita com uma pluma de pássaro. 

Antes de tratarmos da arte da escrita com uma pena, precisamos falar um pouco sobre a caligrafia. Mesmo na era dos computadores, ter uma caligrafia clara é uma habilidade útil e necessária, e desenhar uma fileira inteira de As ou de Ps bem caprichados, ou de Qs cheios de voltinhas, cuidado para que fiquem perfeitos, pode ser uma atividade bem prazerosa. Hoje em dia, quando é mais comum digitar do que escrever com uma caneta, a escrita cursiva poe até parecer fora de moda. Mas, na época de sua invenção, a noção de uma escrita padronizada foi uma ideia revolucionária.

O primeiro a adotar a escrita cursiva, ou "escrita à mão" italiana, foi Aldus Manutius, um tipógrafo veneziano do século XV, cujo nome ainda sobrevive na denominação da fonte como serifa "Aldus". A escrita cursiva significa simplesmente "juntar", "formar uma corrente" (a palavra vem do verbo latino currere, corre), e uma das principais vantagens dessa escrita era permitir que se escrevesse depressa e ocupando menos espaço. Mas a aparência uniforme dos textos assim redigidos também se mostrou útil: nos séculos que antecederam a invenção da máquina de escrever, toda correspondência profissional era escrita à mão, e havia funcionários - homens - treinados para escrever "certinho", de forma que toda a correspondência apresentasse o mesmo tipo de letra. (As mulheres aprendiam a escrever com uma letra mais redonda, para uso doméstico.)

Com o surgimento dos computadores e das fontes padronizadas, não se vê mais a escrita cursiva nas etiquetas da correspondência profissional, embora ela ainda seja a forma mais elegante quando se trata de convites, certificados e cartões de felicitações.

Atualmente, existem muitas correntes defendendo o que seria uma escrita cursiva bonita, e escrever "certinho" deixou de ser privilégio dos homens, como era algum tempo atrás. Nas escolas, há diversos sistemas de alfabetização, mas todos eles se baseiam em preceitos similares que visam a dar à palavra escrita uniformidade e legibilidade.

A cursiva itálica é uma forma tão elegante de se escrever à mão que pode mesmo ser usada para deixar mais chique uma correspondência qualquer. Como acontece com a cursiva comum, as letras são ligadas umas às outras, mas a cursiva itálica é mais inclinada, e as minúsculas arredondadas assumem uma forma mais triangular. Tal formato também se presta a floreios decorativos, e é por isso que vemos esse tipo de letra ser muito usado em convites de casamento, cardápios de restaurantes sofisticados etc.

Na cursiva itálica, as letras são traçadas com uma inclinação de cerca de dez graus em relação à vertical e, para isso, é preciso segurar a caneta formando um ângulo de quarenta e cinco graus a partir da linha.

Em Victoria, na Austrália, em meado dos anos 1980, foi desenvolvido um novo estilo de escrita cursiva para ser adotado no ensino fundamental. Hoje em dia, esse estilo, denominado Victoria Modern Cursive, é usado por todo o país e apreciado por ser, além de legível, de fácil elaboração - bastam uns poucos floreados e as letras, que eram práticas, tornam-se elegantes.

Para treinar, alguns escritores gostam de escrever seus poemas favoritos a fim de aperfeiçoar sua forma. Eis aqui um célebre haicai, do poeta japonês Issa, do século XVIII, que pode nos lembrar tanto da evolução gradual da escrita humana quanto do trabalho árduo que a boa caligrafia às vezes exige.



(texto extraído do livro O livro das garotas audaciosas de Andrea J. Buchanan & Miriam Peskowitz)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Mangia che ti fa bene


O macarrão nutre e não engorda. Quem afirmar o oposto - ah, esse não sabe o que está dizendo. Atualmente, aliás, mesmo os mais preclaros dietistas já não acusam o macarrão dos crimes da obesidade. A dieta da moda na Europa, a mediterrânea, proposta pelo cientista americano Ancel Keys, sugere que se comam massas como entrada nas duas principais refeições do dia, o almoço e o jantar. Desde que a continuação se faça com vegetais e carnes brancas.

Keys, no entanto, não é primeiro nessa teoria. No começo do século, um príncipe siciliano, Enrico Alliata di Salaparuta, teósofo e fisiologista, exaltava as qualidades das massas como prato-base de uma culinária vegetariana. O que engorda, explicava Salaparuta, é a união das proteínas e carboidratos do macarrão com as substâncias tóxicas que se encontram nas gorduras saturadas dos animais. De fato, 100 gramas de macarrão contêm em média tantas calorias quanto um filé de boi com a metade desse peso. Ou seja: o segredo da leveza de uma massa está no controle daquilo que se mistura a ela. Quanto menos gorduras animais, melhor. Quanto mais vegetais, melhor ainda.

Atletas em geral, principalmente os maratonistas, corredores de longas distâncias, se utilizam do macarrão como ração essencial de suas dietas. As massas, afinal, são riquíssimas nos carboidratos que no organismo se transformam em energia pura e acumulável. Além disso, são facílimas de digerir, graças à ação dos próprios fermentos salivares - em outras palavras, as massas não exigem muito esforço do estômago ou dos intestinos. Quem come apenas um belo prato de macarrão com alho e óleo em apenas uma hora volta a sentir sua doce fome.



(texto publicado na revista Super Interessante n° 5 - ano 2 - maio de 1988)

domingo, 20 de agosto de 2017

Pare de fugir dos seus problemas - Seiiti Arata


Como mudar hábitos - Seiiti Arata


A minha homenagem ao grande cômico Jerry Lewis



Flanar - Marina Bessa


Eu não gosto de programações turísticas. Daquele cronograma de atividades, com dezenas de atrações para ver em um dia. Os restaurantes já escolhidos. O tempo para comer definido. Saber que tenho que  visitar um museu em duas horas já me enche de ansiedade. Porque eu gosto de visitar museus sem hora para sair. Ler cada plaquinha, tentar me transportar no tempo, imaginando a história, a gente daquela época. E então olhar de novo para o quadro e pensar: uau, foi feito há centenas de anos, tem a pincelada daquele gênio aqui. Se por lá houver um café, ainda melhor. Enquanto descanso, observo as pessoas: quem elas são, de onde vêm, como se vestem, que língua falam, por que raios foram parar ali no mesmo dia que eu?

Os passeios têm que me dar espaço para a surpresa. Para me perder por uma rua bonita, me sentar em um banco ao sol saboreando o jornal do dia, para entrar  em um restaurante porque o cheiro da comida é incrível e ele é tão escondidinho e lotado... deve ser ótimo!

Depois de anos me perdendo nos meus pensamentos enquanto passeio, descobri que existe um nome pra isso: flanar. Andar sem rumo nem sentido certo, sem compromisso. Vagar. Perambular. Faz parte do hábito de um flâneur (uma pessoa que flana, em francês), observar detalhes, experimentar coisas novas, puxar assunto com a dona da lojinha, pegar com ela um par de dicas, perguntar em quem votou, saber o que ela vai comer de almoço e sair de lá sentindo-se tão perfeitamente integrado ao ambiente, que até imagina - e deseja - morar ali para sempre.

Flanar é um verbo muito usado para descrever as andanças por Paris, à capital francesa onde se faz isso por instinto. Mas o espírito flanador pode estar presente o tempo todo: na viagem para a casa dos seus avós no interior de Minas, em uma região desconhecida da sua cidade, na feira do seu bairro. Flanar é olhar com olhos curiosos, é estar atento aos imprevistos, ter o tempo a seu favor.

Um flâneur não sai em excursão jamais. E gosta de passear sozinho - no máximo na companhia de um outro flâneur. Porque só ele entenderá a magia de ver o mundo passar lentamente à frente das lentes de quem simplesmente ama estar vivo.




(texto publicado na revista Sorria para ser feliz agora nº 56 - jul/ago de 2017)

12 razões para escrever um diário - Heloísa Iaconis


Mantenho um diário há cerca de 6 anos e posso garantir que é uma verdadeira terapia: é um amigo com quem posso contar em todas as horas.

1) Acalmar-se

Não é incomum encontrar quem, por meio da escrita, afirma obter paz. Manter um diário é uma forma de exteriorizar angústias e criar uma rotina para lidar com os próprios sentimentos - e esses dois hábitos ajudam a aliviar a ansiedade.

2) Organizar o pensamento

A mente é uma profusão de ideias. O raciocínio começa em um ponto, vai para outro, pula para mais longe e, quando percebemos, as peças estão embaralhadas. Escrever ajuda a ordenar esse fluxo, possibilitando um melhor entendimento.

3) Exercer a privacidade

Na era das redes sociais, somos estimulados a nos manter constantemente conectados ao mundo exterior. Ter um diário é uma boa maneira de recolher-se do barulho que vem de fora, permitindo um encontro com nossa individualidade.

4) Ressignificar vivências

Num diário, podemos escrever não só sobre fatos recentes, mas também sobre o passado. Ao fazermos isso, temos a chance de encontrar novos significados para antigas memórias, o que contribui para o autoconhecimento.

5) Superar traumas

Escrever sobre experiências difíceis pode ajudar a superá-las - é o que diz um estudo publicado no Journal of Palliative Medicine feito com pessoas que perderam cônjuges. Gradualmente, os efeitos dos baques vão sendo aliviados.

6) Cultivar a empatia

Escrever um diário é mergulhar nas profundezas dos sentimentos. Assim, pode ser uma ótima chance para perceber que cada pessoa é igualmente complexa. Ao escutarmos a nós mesmos, treinamos nossa capacidade de ouvir os outros.

7) Ser mais saudável

Segundo estudos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, quem mantém um diário precisa ir menos ao médico. A conclusão é que expressas emoções combate o estresse, melhorando o funcionamento do organismo.

8) Estimular a criatividade

Mais do que um registro, o diário é como uma obra de arte. Brincar com a caligrafia, fazer ilustrações, montar colagens, enfeitar a capa, testar estilos de escrita. Tudo isso pode se revelar uma deliciosa e estimulante experimentação.

9) Cumprir metas

Anotar pequenos passos é um procedimento eficaz para atingir uma conquista maior. Se a ideia é economizar dinheiro, por exemplo, registrar os valores parciais poupados funciona como incentivo, tornando a meta mais palpável.

10) Treinar a concentração

Escrever pede foco. Se você não tem esse costume, pode ser difícil no começo. Mas, com a prática, vai se sentir mais blindado contra as distrações. E poderá usar essa habilidade em outras tarefas que exijam semelhante imersão.

11) Redescobrir-se

Ler páginas escritas anos atrás é como ter acesso à pessoa que você foi no passado. Que sonhos você tinha? O que valorizava? Perceber o que mudou permite avaliar essas transformações e, se preciso, alterar a rota.

12) Imortalizar-se

Você pode escrever um diário secreto, só para si mesmo. Mas também pode decidir transformar esses registros numa biografia. Assim, mesmo pessoas que nasceram após sua morte poderão saber quem você foi.



(texto publicado na revista Sorria para ser feliz agora nº 56 jul/ago de 2017)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Receita pra lavar roupa suja - Viviane Mosé


Primeiro fique sozinho. Primeiro comece a se divertir sozinho - Osho


Primeiro fique sozinho.
Primeiro comece a se divertir sozinho.
Primeiro ame a si mesmo.

Primeiro seja tão autenticamente feliz, que se ninguém vier, não importa; você está cheio, transbordando.

Se ninguém bater à sua porta, está tudo bem – Você não está em falta.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.

Se alguém vier, bom, belo.
Se ninguém vier, também é bom e belo.

Em seguida, você pode passar para um relacionamento.

Agora você se move como um mestre, não como um mendigo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.

E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.

Quando dois mestres se encontram – mestres do seu ser, de sua solidão – a felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada.

Torna-se uma tremendo fenômeno de celebração.
E eles não exploram um ao outro, eles compartilham.

Eles não utilizam o outro.

Em vez disso, pelo contrário, ambos tornam-se UM e desfrutam da existência que os rodeia.

Le due partecipazioni de I Neri per Caso al Festival della Canzone Italiana di Sanremo



Festival di Sanremo del 1995 - vittoria con la canzone "Le ragazze"




Festival di Sanremo del 1996 con il brano "Mai più sola"


Englishman in New York


Sting a New York 



I Neri per Caso