sábado, 20 de abril de 2013

Abaixo a calcinha! Como evitar, curar e se libertar da candidíase (Mulher Alternativa)



Sempre fui vítima de candidíase. Recorrente. Crônica. Teve um ano em que tive mais de quatro crises... Candidíase é uma doença supercomum e superchata. A parte externa e/ou interna da vagina coça muito, horrores, e o tratamento é pentelho incluindo remédios via oral e abstinência sexual durante umas duas semanas. DUAS SEMANAS! Bom, pra evitar que você leitora fique com este mal horroroso e crônico, conto aqui o que me salvou de continuar com candidíase com tanta frequência: aboli a calcinha (entre outras dicas que você confere aqui).

Não, não parei de usar calcinha 100% do tempo, claro, minha cultura é mais forte do que eu. Mas derrubei alguns mitos que me ajudaram a melhorar a saúde vaginal. O primeiro mito é aquele de que a vagina é suja, "infecta", fedorenta, etc. Bullshit. Falei disso em alguns posts, indicados no especial saúde da mulher que escrevi dia 28/05 numa blogagem coletiva (confira aqui). Quando derrubei, com a ajuda de minha ginecologista, essa lenda, abandonei todos os produtos "especiais" de "higiene íntima". Esses produtos geralmente detonam a flora vaginal natural que é justamente o que previne candidíase crônica! Vejam só! Você compra o produtinho lá porque o "pH" é mais adequado e ele detona tua flora vaginal te deixando indefesa. Injusto, no mínimo.

O próprio sabonete, se não for aquele de glicerina, é superagressivo (sim, aquele Dove que você acha a oitava maravilha do mundo, como eu achava, porque tinha hidratante, também). O de glicerina é menos agressivo mas, mesmo assim, não é recomendável para uso diário. O ideal no dia-a-dia é levar a vagina com... água, ué. Certa vez uma dermato me falou inclusive que o ideal pra toda a pele do corpo é levar só com água e sabão só esporadicamente.

Além dos produtos pra lavar a própria vagina, o que você usa pra lavar a calcinha também pode contribuir com um ambiente mais ou menos adequado a irritações e fungos. Eu andei usando uns produtos "especiais pra roupas íntimas" (depois dessas tô desconfiando de tudo que é 'especial' demais, rá) e quando parei de usar percebi que a irritação da pele externa da vagina diminuía muito, mesmo quando eu tinha candidíase. Então fica aí outra dica prazamiga. Lavem só com sabonete de glicerina (tipo Phebo) e é iso aí. Nada além.

O ideal mesmo, pra falar bem a verdade, é usar calcinha o menos possível. A candidíase é um fungo e adora ambientes pouco arejados. Calcinha de microfibra é uma delícia e superfácil de lavar se manchar durante a menstruação, mas não deixa ventilar muito a vulva e isso ajuda a cândida (fungo) a proliferar. Na verdade verdadeira a cândida faz parte da flora vaginal. O problema é quando deixamos o ambiente propício pra que ela se prolifere e domine a área. Aí lascamo-nos. Então as calcinhas, mesmo de algodão, são grandes vilãs nessa história. Pra falar bem a verdade, calcinha é uma peça de vestimenta que, se não está segurando o absorvente nem enfeitando seu corpo, não serve lá pra muita coisa, né? (ou serve e não sei gentz?) Então é bem simples: pelo menos quando estiver em casa, fique 100% do tempo sem calcinha (admitindo que há gente que se sente envergonhada de sair sem calcinha em público mesmo que o público nem esteja preocupado e nem note que elas estão sem calcinha). E o máximo desse tempo sem calcinha de saias, vestidos e calças larguinhas (também jogar aquela jeans ou legging/fusô não vai servir de nada, néam). Ventile sua vulva! Isso devia ser mote de campanha nacional!

Com essas pequenas dicas, minhazamigaz (e, claro, sempre com a ajuda de um ginecologista pra controlar crises agudas, porque aí tem mesmo que tomar um antifúngico ou usar cremes inclusive internamente), suas candidíases ficarão muito menos frequentes. E você será muito mais feliz, pode apostar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário